Dietoterapia e a Diabetes

Patologias

Diabetes

Para além do factor hereditário, há uma grande relação entre a diabetes tipo 2 e a obesidade em conjunto com o sedentarismo, verificando-se maior incidência após os 40 anos.

Na diabetes tipo 2, o pâncreas produz insulina mas o problema está na incapacidade de absorção das células musculares e adiposas. Simplesmente, as células deixam de conseguir metabolizar a glicose suficiente da corrente sanguínea. Este fenómeno chama-se de “resistência insulínica”.

Entre os diversos sintomas da diabetes, destacam-se:

  • Infecções frequentes;
  • Alteração visual (visão embaçada);
  • Dificuldade na cicatrização de feridas;
  • Formigueiro nos pés;

 

A diabetes tipo 2 pode responder ao tratamento com dieta e exercício físico, mas noutras situações é imprescindível a toma de medicamentos orais podendo mesmo tornar-se necessária a administração de insulina.

As altas taxas de glicose acumulada no sangue, com o passar do tempo, podem afectar os olhos (retinopatia), rins, nervos ou coração.

Actualmente, cerca de 177 milhões de pessoas sofrem de diabetes no mundo e esse índice deverá dobrar até 2030, segundo a Organização Americana de Saúde.

Com excepção da hereditariedade, todos os outros factores predisponentes ao aparecimento da diabetes tipo 2 (obesidade, maus hábitos alimentares, stress e sedentarismo) podem ser prevenidos e/ou controlados por uma dieta adequada (dietoterapia) e pela prática de actividade física regular.

Estima-se que entre 80% e 90% dos pacientes diabéticos tipo 2 são obesos ou estão acima do peso. Por conseguinte, verifica-se que o risco de desenvolver a diabetes tipo 2, está directamente associado ao aumento do índice de massa corporal.

Dietoterapia e a Diabetes

Felizmente, a dietoterapia, desempenha um papel importante na prevenção dos riscos inerentes à diabetes tipo 2. Logo que o diabético descobre a sua doença, é essencial seguir uma programação alimentar, de forma a alcançar rapidamente um controle adequado da diabetes evitando assim, as tão indesejáveis hipoglicémias e/ou hiperglicémias.

A dietoterapia permite:

  • Reduzir e/ou controlar a glicemia (respeitar a quantidade, tipo de alimentos e horário das refeições é fundamental para o controle glicêmico);
  • Atingir o perfil lipídico desejado (baixar a quantidade de gordura, nomeadamente as saturadas, visando atingir níveis lipídicos apropriados);
  • Manter o peso corporal adequado (redução do peso de um paciente obeso pode produzir melhoria significativa na glicemia);
  • Prevenir, retardar ou tratar as complicações da doença (o plano alimentar pode evitar hipo e hiperglicémias);
  • Contribuir para uma boa saúde e bem-estar (cada paciente tem que ter uma alimentação ajustada para as suas necessidades, se acordo com a idade, sexo, condições socio-económicas, massa corporal, estado metabólico e actividade física).