Dietoterapia e a Obesidade Infantil
Dietoterapia e a Obesidade Infantil
A dietoterapia trava o desenvolvimento desta doença. A maioria das crianças come muito e mal. A dietoterapia disciplina o comportamento alimentar destas crianças que, associada ao exercício físico, ajuda a criança a atingir o seu maior potencial de crescimento e desenvolvimento.
É importante que tanto os pais como a criança compreendam o significado da palavra dieta, pois esta última não é sinónimo de restrição alimentar ou proibições. Ao invés disso, dieta é um conjunto de alimentos que podem ser sólidos ou líquidos consumidos por um indivíduo ou uma população em determinado período. Assim sendo, a dietoterapia é a arte de saber adequar uma dieta às necessidades de cada paciente provocando um retrocesso ou até mesmo anulação da falta de nutrientes, excesso ou falta de peso.
Quando nos referimos à dieta infantil, estamo-nos referindo à dieta familiar considerando que a criança/bebé não escolhe os alimentos e cabe aos pais inseri-lo no novo programa alimentar.
Obesidade Infantil
A obesidade infantil é uma condição médica que afecta cada vez mais crianças. São os países do Sul da Europa que estão na liderança da prevalência da obesidade infantil, onde Portugal se inclui.
A obesidade está relacionada a uma série de factores, entre os quais, se destacam:
- Hábitos Alimentares: cada vez mais recorrem ao chamado de “Fast Food” e doçaria;
- Actividade Física: verifica-se um sedentarismo outrora inexistente na faixa etária mais jovem (os quais substituem as actividades ao ar livre pela televisão, jogos electrónicos e de computador e a Internet);
- Factores Biológicos: o risco de obesidade é de 50% quando nenhum dos pais é obeso, 80% quando um dos progenitores é obeso e 90% quando os dois progenitores são obesos;
- Factores de Desenvolvimento;
- Factores Comportamentais e Psicológicos.
Quais os riscos de saúde associados à obesidade infantil?
A obesidade infantil está directamente associada ao aparecimento de:
- Diabetes Tipo II (cuja previsão é de um aumento em mais de 50% das mortes a nível mundial nos próximos 10 anos);
- Doenças Cardiovasculares (que já causam a morte de 17 milhões de pessoas a cada ano);
- Asma;
- Hipertensão Arterial;
- Aumento do Colesterol;
- Osteoartrite e Osteoporose;
- Problemas Ginecológicos (puberdade precoce, alterações menstruais, infertilidade);
- Apneia do Sono;
- Problemas Ortopédicos.
Mediante os números assustadores de crianças obesas em Portugal (cerca de 31,5% de crianças portuguesas entre os 9 e os 16 anos), estima-se que no futuro, haja mais adultos que, para além de obesos, vão sofrer os efeitos da diabetes tipo 2 como patologias cardiovasculares, cada vez mais cedo.
É importante sensibilizar os pais destas crianças para a seriedade deste problema já considerado pela Organização Mundial da Saúde como sendo uma epidemia.